quinta-feira, 18 de julho de 2013


Hoje assisti de primeira plateia a um casal que se queixava para a televisão, um tanto choroso, da actual dificuldade em comprar a comida básica. As prioridades são o que são, cada um tem as suas e a hierarquia de um raramente coincide com a de outro. Verdade. Mas tendo a interpretar a falta de dinheiro para alimentação como o fim da linha. Quando o jornalista que recolhia o testemunho cavou um pouquinho mais, encontrou minhoca: são ambos fumadores (ele mais dum maço por dia, ela quase um). Cheira-me que é comportamento para orçar mensalmente nuns bons duzentos e cinquenta euros. Por cada palerma destes há outro que passa mesmo fome, mas a farsa dos primeiros acaba por legitimar para muitos a cultura de austeridade, o que é uma tristeza.

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